domingo, outubro 08, 2017

No meu upgrade 5.4


 (É grande mas escrito com coração grato)

No Verão passado, quando visitei em Miami o meu amigo e antigo colega José A. Ceschin, ele recebeu-me, à sua maneira, com “e você ainda não morreu?”. Como bom ciroulo, respondi, de rompante também, “estou à espera que você vá primeiro”. Ele há dias completou 77 anos e com muita saúde.

A brincadeira dos dois só é aceitável entre amigos de verdade, que se querem,  e vem a propósito do mais recente controlo médico semestral, que realizei em Setembro, portanto, depois da tal visita.

Seis anos e meio após um intenso combate pela vida, os quatro especialistas que me atendem semestralmente desde que cheguei a Washington, em 2013, decidiram que  o controlo agora será anual.

Para eles, tudo está bem e os exames – quase sempre com recurso ao CTScan (TAC) – podem eles mesmos contribuir para o surgimento de cânceres. Alguns disseram que eu devo estar cansado dos corredores e consultórios do hospital e da cara deles, e que é tempo de descansar um pouco.

Nesse período, fui ao salão de cirurgias nove vezes, cinco delas para grandes intervenções, sendo uma de oito horas e meia e outra de sete horas e meia. Fui submetido a oito anestesias gerais e várias parciais. Entrei na máquina do CTScan (TAC) pelo menos 16 vezes (de que me lembre), furaram-me as veias inúmeras vezes porque elas são finas e difíceis de apanhar. Criol é fino, ou não?!

Não posso esquecer os cinco meses de quimioterapia em 2011, o processo todo e o que me disse o cirurgião que retirou a bexiga infectada por um câncer na fronteira do nível 2 e 3 e criou uma neo-bexiga: “a químio não funcionou porque tens um tipo de células que apenas possuem 2 a 3 por cento de pessoas no mundo…” E esta??!!

Vida normal

Neste momento, vivo sem cinco órgãos, o intestino delgado tem menos 50 centímetros (foram usados para construir a neo-bexiga) e parte do pâncreas foi retirado. Em Maio, estando em Angola, sofri uma trombose no olho esquerdo e, embora o especialista diga que não tenho mais sangue depois de três injecções no olho, quando deviam ser seis (o que para ele foi um milagre), fiquei com sequelas. A visão nesse olho é turva principalmente para perto. A outra sequela, mas da quimioterapia, é um certo formigueiro na parte de frente dos pés.

Levo uma vida “perfeitamente normal” apenas mais saudável, principalmente a nível da alimentação, mas sem qualquer dieta. Além do remédio de tensão – herança familiar –, em dose pequena e prescrita muito antes dessa jornada, tomo apenas um comprimido para evitar o refluxo e outro para me ajudar a reter a proteína dos alimentos no organismo, em virtude da retirada de parte do pâncreas.

Postura

No dia do meu upgrade para 5.4, ou lamento essa caminhada dura, que me levou a refazer o meu projecto de vida que pensei ser aquele que Deus tinha para mim quando regressei a Cabo Verde em 2008, os temores, medos e sofrimentos, ou levanto as minhas mãos e agradeço a Deus – primeiro, que tudo -, médicos e outros profissionais, família e amigos. Sem titubiar, agradeço a Deus pelo propósito que Ele tem traçado para a minha vida e para o qual decidiu preservá-la.

E enquanto cumpro o destino que Ele traçou assumo o desafio de dizer a todos que enfrentam situações do tipo ou ainda piores que há solução: Ela começa pelo exercício da fé em Deus, não de rituais religiosos, práticas meramente denominacionais ou sacrifícios e promessas…

O exercício da fé nasce de uma certeza que Deus pode mudar a história natural e esperar pelo milagre sempre. E actuar, porque Deus nunca faz aquilo que é nossa missão: ter uma atitude positiva, viver cada dia intensamente, amar a vida e as pessoas, manter uma dieta saudável e seguir os tratamentos médicos. Ao contrário do que pensam muitos que seguem a Bíblia.

A própria Bíblia conta a história de um comandante sírio, Naamã, que procurou o profeta judeu Eliseu devido a uma doença terrível de que padecia. O profeta mandou-o nadar sete vezes num rio, que para ele era sujo, o que o levou a hesitar. Depois, decidiu seguir o “tratamento” e foi curado. Não basta apenas crer, há que actuar.


Muitas vezes me perguntam se não não tive medo, temores, dias muito maus, dias desesperantes, noites em branco… Claro, mas faço o caminho de volta, o que descrevi nos parágrafos anteriores.

Um agradecimento, também, aos profissionais, à minha família (a mais próxima e a mais distante) e a todos os amigos pela ajuda e força nesse período.


Agora, as três meninas preparam o “breakfast” como dizem e mais tarde uma "voz" me revelou que há uma feijoada, portanto haja festa rija. É que amanhã começa a contagem para o upgrade 5.5.

1 comentário:

Krasimir Todor disse...

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