sexta-feira, setembro 11, 2009

11.09.2001

Pouco antes das nove da manhã, tomei o elevador até ao 28º andar do edificio do Citibank Financial Center no coração de Miami, onde se encontrava o escritório da firma em que trabalhava. Estava no meu primeiro ano de permanência em Miami e ainda extasiado com a beleza da cidade, para mais, o meu gabinete tinha uma vista panorâmica de toda a baía.

Naquela terça-feira, ao entrar, fui directo ao restaurante tomar um "café cubano", como é chamado o nosso cafézinho na Flórida para o diferenciar do "café americano", servido em chávena ou copo gigantescos. Os meus olhos foram para a tv, que apresentava imagens apenas vistas em filmes. Mas pareciam reais e, de repente, a sala encheu-se: em segundos fiquei a saber que estava a assistir em directo, através da CNN, ao maior ataque da história contra a maior potência militar mundial.

Quer se queira quer não, quer se goste ou não da América ou dos americanos, aqueles momentos marcaram e dividiram a história recente da humanidade em antes e depois do 11 de Setembro. Quer queriamos ou não, também foi dos poucos momentos em que toda a civilização ocidental e não só vivenciaram juntos o sentimento de revolta e impotência. Estava feito.

Depois de oito anos, tenho na memória ainda fresca aquelas imagens e os sentimentos vividos. Por exemplo, além dos responsáveis daquele prédio terem recebido dezenas de ameças falsas e de termos ficado em casa dias seguidos, lembro-me que a empresa que geria o escritório tinha a sede mundial no último andar do World Trade Center, em New York.

Tempo de lembranças!