terça-feira, agosto 31, 2010

Para além dos limites

Não sou católico apostólico romano e tenho posições claramente diferentes em relação à fé e à prática cristã dos que professam tal religião. Aliás, não me considero religioso e não gosto que me cataloguem como tal. Sou, sim, integralmente cristão.

No entanto, não posso ficar indiferente a uma publicidade que circula na Itália e na qual a imagem de uma freira grávida é usada para vender um gelado. Que se denunciem situações imorais e até amorais compreendo e não tenho nada contra. Muito pelo contrário, não fosse eu jornalista.

O que sim me revolta é que se brinque e se desrespeitem as pessoas, as muitas que são sérias e honestas e que defendem uma fé ou uma opinião. Tal exercício chama-se ofensa e falta de respeito, o que, na prática, significa violar a liberdade alheia. Este princípio é a base da democracia, no entanto muitos que dizem erguer bem alto a bandeira da democracia são os primeiros que a rasgam, ao ultrapassarem o único limite que a própria democracia se impõe: a liberdade do outro.

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