segunda-feira, novembro 06, 2006

O perigo do radicalismo

A acusação contra o pastor evangélico Ted Haggard de ter comprado droga e mantido relações relações sexuais com um homessexual marcou a atualidade deste fim de semana nos Estados Unidos. Quando a notícia estalou na imprensa americana, a cinco dias das eleições, pensei logo em armação política, porque Haggard é presidente de uma organização evangélica a nível nacional, liderava uma campanha contra o casamento homesseual e reunia-se regularmente com o presidente Bush, quem não mede esforços para ganhar os votos dos evangélicos.

Ontem, e depois da imprensa ter confirmado a veracidade da notícia, Haggard reconheceu em carta enviada à sua congregação que tinha tido um comportamento sexual inapropriado.

A questão que me leva a deixar aqui a minha opinião não é a condenável conduta "sexual" de Haggard, que, no entanto, como todo o ser humano está sujeito a falhas. Critico sim, a hipocrisia desse pastor que, em vez de cuidar das suas ovelhas, usou a sua posição de líder evangélico para fazer política barata, com certeza em troca de favores do presidente Bush e seu governo.

O pior é que o próprio Haggard assumiu a posição de grande defensor da moral ao liderar a campanha contro o casamento homossexual, quando ele próprio, em espaços fechados, mantinha esse mesmo tipo de relacionamento.

Termino com duas opiniões que tenho há muito tempo: cuidado com os fanáticos e radicais porque podem estar escondendo outra verdade; e o homem não é aquilo que diz ser, mas aquilo que faz.

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