sábado, abril 07, 2007

Como a tradição desvirtuou a Páscoa


A tradição religiosa que impera em Cabo Verde e nas restantes ex-colónias portuguesas, levada pelo próprio Império, deixou-nos como legado um significado totalmente desvirtuado do que foi e do que deve ser a chamada Semana Santa. Por imposição da religião-Estado a Semana Santa é um marco que acarreta um conjunto de tradições (comer peixe e não carne, vestir-se de preto, não falar alto, nem fazer sexo, etc. ) e sentimentos que não têm nem base histórica e, muito menos, bíblica.

A efeméride Semana Santa é um relembrar do percurso que Jesus Cristo fez desde a sua última entrada em Jerusalém até à sua morte e, o que é mais importante, a sua ressureição. Este é o fato maior e, sem o qual não haveria nenhuma comemoração. Se Jesus não tivesse ressuscitado, para quê serviria a comemoração?

Infelizmente, a religião tradicional preferiu realçar a tarde negra em que Jesus foi crucificado, em vez de enfatizar o momento único da história do mundo: a ressureição de Cristo.

A Semana Santa é ocasião para nos alegrarmos com o sacrificio que Jesus fez pela humanidade. A ressurreição, facto que a Ciência continua afanosamente buscando desmentir, é a razão dessa semana e ela signifca a vitória da morte sobre a vida. Com a ressurreição de Cristo, a vida ganhou outro sentido, que o próprio Jesus disse numa das suas muitas intervenções: “Vim para que tenham vida (numa clara referência à eternidade) – e vida em abundância (ou seja: vivam felizes aqui na terra porque depois da morte há outra vida)”.

A todos, Feliz Páscoa com o melhor que ela nos trouxe: a vida.

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