O presidente de República decidiu romper o ritual de fim de ano e não concedeu o indulto aos presos. Uma decisão legal e legítima, mas que surpreende por romper uma tradição de anos.
É verdade, segundo uma fonte citada pelo jornal A Semana, que Pedro Pires não é obrigado a conceder o tradicional indulto. O mesmo jornal admite, no entanto, que a decisão do PR pode “estar relacionada com o recrudescer da criminalidade em Cabo Verde e a pressão que a sociedade vem fazendo junto das autoridades ligadas ao combate à delinquência”. Também, de acordo com A Semana, não é de todo de excluir o “facto de haver sectores da magistratura judicial que são contra tal tipo de procedimento, por entenderem que o mesmo põe em causa o seu trabalho”.
Do meu ponto de vista – apesar de me encontrar longe do lugar dos factos e distante das fontes - acredito que Pedro Pires terá levado em conta o primeiro argumento, ou seja o aumento da criminalidade e da delinquência no país. De um lado, porque A Semana, com certeza, tem fontes fidedignas junto da Presidência da República e, por outro, não vejo PP a deixar-se influenciar pela opinião dos magistrados – embora plausível e respeitada -, a dois anos do final do mandato.
Caso eu estiver certo, entendo que Pedro Pires quis dar um grito de “basta” à violência num país que sempre se definiu por ser um “cantinho de paz e tranquilidade”, como cantam as nossas mornas. PP terá pretendido chamar a atenção das autoridades para uma triste realidade que deita por terra qualquer projecto de desenvolvimento do país. O mais alto magistrado da nação poderá ter querido expressar o desejo de todos os cabo-verdianos que, por obrigação da sua função, ele representa: é hora do governo tomar medidas drásticas contra a criminalidade, caso contrário o futuro de Cabo Verde está praticamente hipotecado.
A situação actual é insuportável e, parece, incontrolável, apesar do cerco que as autoridades dizem ter montado aos criminosos nos últimos tempos. Por agora, os melhores resultados conseguidos estão ainda longe de ser considerados bons, porque, quem anda a pé, sabe que o “cazubody (cash or body) está no virar da esquina ou sentado na porta da casa da vítima.
Do meu ponto de vista, a luta contra criminalidade e a delinquência deve ser considerada, por agora, a prioridade das prioridades do Governo. Os sucessos do Executivo – ascensão à categoria de país de rendimento médio, parceria com a União Europeia, grandes investimentos imobiliários e turísticos, previsão de um “boom turístico” na próxima década, melhoria das infra-estruturas, etc. – correm o risco de não passar de um lindo cartão postal de um país que tinha tudo (ou muito) para dar certo.
Uma semana após a sábia e humana decisão de PP, não li nenhuma reacção, nem do governo, nem da oposição, nem da sociedade civil a respeito. Apenas o superintendente da Igreja do Nazareno Rev. David Araújo manifestou sua profunda preocupação pela criminalidade que grassa o país. Bom seria que a luta contra a violência fosse o primeiro pacto de regime de facto a ser assinado entre o governo e a oposição. É uma necessidade que impõe, tanto para o Paicv, no poder, como para o MpD, na oposição e à espreita do poder. As futuras gerações agradecem.
Do meu ponto de vista – apesar de me encontrar longe do lugar dos factos e distante das fontes - acredito que Pedro Pires terá levado em conta o primeiro argumento, ou seja o aumento da criminalidade e da delinquência no país. De um lado, porque A Semana, com certeza, tem fontes fidedignas junto da Presidência da República e, por outro, não vejo PP a deixar-se influenciar pela opinião dos magistrados – embora plausível e respeitada -, a dois anos do final do mandato.
Caso eu estiver certo, entendo que Pedro Pires quis dar um grito de “basta” à violência num país que sempre se definiu por ser um “cantinho de paz e tranquilidade”, como cantam as nossas mornas. PP terá pretendido chamar a atenção das autoridades para uma triste realidade que deita por terra qualquer projecto de desenvolvimento do país. O mais alto magistrado da nação poderá ter querido expressar o desejo de todos os cabo-verdianos que, por obrigação da sua função, ele representa: é hora do governo tomar medidas drásticas contra a criminalidade, caso contrário o futuro de Cabo Verde está praticamente hipotecado.
A situação actual é insuportável e, parece, incontrolável, apesar do cerco que as autoridades dizem ter montado aos criminosos nos últimos tempos. Por agora, os melhores resultados conseguidos estão ainda longe de ser considerados bons, porque, quem anda a pé, sabe que o “cazubody (cash or body) está no virar da esquina ou sentado na porta da casa da vítima.
Do meu ponto de vista, a luta contra criminalidade e a delinquência deve ser considerada, por agora, a prioridade das prioridades do Governo. Os sucessos do Executivo – ascensão à categoria de país de rendimento médio, parceria com a União Europeia, grandes investimentos imobiliários e turísticos, previsão de um “boom turístico” na próxima década, melhoria das infra-estruturas, etc. – correm o risco de não passar de um lindo cartão postal de um país que tinha tudo (ou muito) para dar certo.
Uma semana após a sábia e humana decisão de PP, não li nenhuma reacção, nem do governo, nem da oposição, nem da sociedade civil a respeito. Apenas o superintendente da Igreja do Nazareno Rev. David Araújo manifestou sua profunda preocupação pela criminalidade que grassa o país. Bom seria que a luta contra a violência fosse o primeiro pacto de regime de facto a ser assinado entre o governo e a oposição. É uma necessidade que impõe, tanto para o Paicv, no poder, como para o MpD, na oposição e à espreita do poder. As futuras gerações agradecem.
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