segunda-feira, janeiro 07, 2008

A Obamania










Barack Hussein Obama, um senador de 46 anos e com pouco mais de três anos de experiência em Washington, está baralhando a política americana e é já a coqueluche dos jovens e mulheres do partido Democrata e de muitos independentes. Quem acompanha a política há muito tempo, sabe que nem sempre quem arranca primeiro chega no primeiro lugar no final da contenda, mas é facto que Obama parece estar com muito fôlego no início da longa maratona das primárias para a indicação do candidato democrata à presidência. Já venceu a primeira eleição, mais ainda faltam 49 primárias.

Obama trouxe um ar fresco às eleições americanas de 2008. Com o país atravessando o seu pior momento das últimas cinco décadas - economia em derrapagem, imagem internacional na lama e sem poder erguer os valores morais que tanto pregaram no passado -, os americanos, principalmente os mais novos, admitem colocar os velhos de Washington na lata de lixo e dar uma oportunidade a um jovem. Por sinal negro, mas que tem um diploma de Harvard, um discurso eloquente e que foge do paradigma dos líderes afro-americanos.

Filho de um queniano negro e de uma americana branca, o senador apresenta um discurso politicamente correcto: não se compromete muito, evita declarações bombásticas e tem um comportamento moderado. A sua eloquência deixa quem o ouve pensando duas vezes e, segundo a imprensa, a esposa Michelle, que também tem um diploma de Harvard, é ainda mais brilhante.

Entretanto, o jovem político tem alguns gigantes pela frente: o peso de Bill Clinton e o establishment dentro do partido Democrata e, do lado republicano, a ortodoxia da direita e o conservadorismo manipulador dos evangélicos.

Para muitos analistas, Barack Obama ainda está longe da Casa Branca, mas não há dúvidas de que a Obamania tomou conta da América. Basta ver a tv.

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