
Em 2004 comentei com alguns colegas que o primeiro negro a chegar à Casa Branca seria um senador de Illinois, novo, de discurso fácil e distante dos chavões do movimento negro americano, com sangue africano, de nome Barack Obama, que eu tinha ouvido num comicio qualquer na Flórida. Em Agosto do mesmo ano, fiz um comentário semelhante quando Obama discursou na Convenção Democra que indicou John Kerry para candidato presidencial. Dois anos mais tarde, disse à minha esposa Valéria que o "neguinho" tinha tudo para ser um grande presidente e, quem sabe, se não o seria já em 2008, apesar das ameaças que representavam Hillary Clinton e Al Gore.
Com esste "background", não é de se estranhar a forma intensa como acompanhei o percurso do então candidato Barack Obama e toda a campanha eleitoral, que foi muito mais do que isso. Senti que estava a participar de um dos momentos ímpares da história recente dos Estados Unidos. No meu ambiente de trabalho, no início, eu era o único que apoiava Obama.
No dia 4 de Novembro de 2008, ao acompanhar toda a noite eleitoral pela televisão, vivenciei o que é a eleição de um verdadeiro líder. Saí para as ruas de Miami, buzinando e fazendo muita festa. Não encontrei o copo de café para a minha amiga e companheiroa na defesa da cultura negra, a carioca Letícia Machado, igual ao que tinha comprado anteriormente, cujo foto publico e que está guardado para a posteridade.
Um ano depois, a popularidade de Obama não é igual. Normal. Tem ganho e perdido algumas batalhas. Normal. Mas o certo é que ele marcou a história e encarna o verdadeiro líder desta geração. Espero apenas que o deixem trabalhar e que inspire os novos líderes mundiais, onde for que estiverem.
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