sábado, julho 10, 2010

Na África profunda

Tinha saudades da África profunda. Onze anos depois, regresso a Moçambique, mas, ao contrário da primeira vez em que estive quase dois meses, agora permanecerei apenas durante cinco dias. A caminho, passei uma hora no aeroporto de Johanesburgo, onde pude sentir, quase que epidermicamente, o ambiente do Mundial de Futebol.

À entrada de uma loja de produtos locais, e depois de receber a “bênção” do pai da Nação Nelson Mandela (foto), parei para ver uma vuvuzela, esse instrumento que marca o Mundial mas que irrita que se farta. Preparada para a exportação (foto), a vuvuzela do aeroporto custa cerca de 15 euros. Na retina fica a multiplicidade de produtos sul-africanos, todos em função do turismo, seja de negócios, seja de férias.


De regresso ao avião, viajo por 45 minutos e piso, outra vez, o solo moçambicano. No aeroporto já se pode notar a diferença entre os dois países vizinhos. E é muita. Mas nas ruas de Maputo, também se nota a diferença num país que vem crescendo há mais de uma década. Devagar, mas de forma sustentada.


Reencontro as duas marcas que levei de Moçambique há onze anos: a simpatia e o trato fino das pessoas, por um lado, e o bom marisco (foto), por outro. Têm sido dias interessantes, de sentir o cheiro, de ser envolvido pela alegria, de apreciar as cores de África. Apesar de ilhéu, sinto-me em casa, mesmo temendo os mosquitos que, em 1999, deixaram as marcas da malária no meu corpo.

O regresso se avizinha e a Pérola do Índico ficará para trás. No entanto, as sensações vividas e alguns souvenirs vão comigo. Até a próxima.

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