A morte de Aristides Pereira, personalidade incontornável da história de Cabo Verde e de África, constitui uma grande oportunidade para, definitivamente, a nação se render a este homem que, de facto, colocou o arquipélago no mapa. Que todos saibamos curvar-nos frente a esta figura maior da nossa história que, um dia, sonhou com Cabo Verde livre e independente, mas que não ficou por aí. Deu-se por completo sem nunca perguntar se custava muito ou não.
Ageração pós-independência desconhece por completo o carácter e o trabalho desenvolvido por Aristides Pereira, tanto ´no campo da luta armada, particularmente depois da morte de Amílcar Cabral, como na construção do Cabo Verde independente e viável que conhecemos hoje e na resolução de muitos conflitos na África Austral.
Considerado um "sage" pelos seus pares do continente, Pereira teve hombridade até na hora de deixar o poder, aceitando o jogo democrático, ele que teria sido apelidado por muitos do seu partido como sendo "anti-abertura democrática". Uma vez mais, na prática mostrou que sempre esteve à frente da história.
Espero que os livros e filmes falem desse homem, desse "cabrer" que conseguiu ser recebido três vezes na Casa Branca e colocar inimigos sentados à mesma mesa em Cabo Verde. Que a história conte a sua história como acto de justiça ao homem e à sua obra e por honestidade para com a própria História. Que não se fique por uma ou duas estátuas.
A Nação não está de luto, mas curvada frente a Aristides Pereira, um homem que viveu e morreu de bem com a vida.
1 comentário:
''A Quem ''honra'', honra.Digno e de ser lembrado o caracter desse ''HOMEM'' por tudo que deu a Cabo Verde em particular e a Africa em geral. Pela sua coragem, lealdade s determinacao nos momentos mais dificeis da sua vida e historia! Quea a sua alma descanse em
"Paz" ! Manuel Sanca Gomes-Pastor Nareno-U,S,A.
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