domingo, junho 23, 2013

DIÁRIO DE INDIANÁPOLIS - No.1




A viagem

Com saída prevista para as 7:40 de hoje de Providence e chegada a Indianápolis às 12:05, com escala em Baltimore, tive de refazer toda a programação devido a um erro no computador da companhia Southwest Airways, que cancelou 240 voos. Assim, sai às 9 horas da costa leste em direcção ao sul, Orlando, de onde, com uma hora de atraso, voei para Indianápolis, chegando pouco depois das 15 horas.

Apesar do contra-gosto, pude desfrutar do saber trabalhar de uma comissária de bordo de quase sessenta anos que começou e terminou a viagem a cantar para os passageiros. E ainda me deu um lanchinho para levar porque soube da minha odisseia.
Homenagem


A 10 mil metros de altitude escrevo esta parte do primeiro número do Diário de Indianápolis, que pretendo mantar até o dia 27 para registar a minha presença num evento que entrego como homenagem aos meus pais: em 40 anos de ministério nunca puderam assistir à reunião magna dos nazarenos de todo mundo. Estou aqui em nome deles.
Um mundo



Se dez nazarenos juntos constituem uma “confusão” imaginem 15 mil! Na verdade, é maravilhoso encontrar tanta gente que professa a mesma fé, particularmente para quem é de umas pequenas ilhas no meio do Atlântico. 

A grandeza do imponente Indiana Convention Center levou-me a pensar na obrigatoriedade de a Igreja do Nazareno extravasar o seu pequeno universo de quase 2 milhões de membros e sobre isso o Superintentende Geral Dr. Porter desaifou a todos na noite de ontem a “conquistar” pelo menos cinco pessoas nos próximos sete anos. Então seremos 10 milhões de nazarenos em 2020.

Os crioulos


Ao chegar enncontrei a nossa delegação, liderada pelo SD David Araújo, todos de tablet na mão, a participar nas reuniões do grupo africano. Como sempre a alegria crioula tomou conta do ambiente ao nosso redor. Se dois crioulos já são muitos, imaginem 16. Mais os outros que chegaram de vários lados: desde um dos primeiros missionários que foram a Cabo Verde, Dr. Mosteller, passando pela família Srader, sempre apaixonada por Cabo Verde, Dr. Jorge de Barros e esposa D. Manuela, Rev. António Leite, veterano da boa palavra e fino humor, até os nossos Daniel Leite, Benedito  e Ester Monteiro, Silas Almeida, Elizeu e Carol Lima, Eileen, Daniel Tavares, Dulce Almeida, bem como D. Maria Teresa e Rev. Fernando Sá Nogueira, do Brasil. Pelos corredores, dei aquele beijo às coelgas de infância e adolescência Debbie Srader e Liliana Almeida.



Ainda não deu para ver tudo, mas me impressiona a organização, para variar extraordinária e prática, dos americanos. Aliás, sou suspeito por defender muito a organização, o trabalho e o rigor dos americanos. Muita, muita gente, mas tudo funciona. Será que podemos aprender com eles? Espero que sim.

Fazer discípulos e cuidar deles


O desafio de ontem foi fazer discípulos e cuidar das crianças, com um grande desafio a patrocinar crianças ao redor do mundo, com apenas 28 dólares por mês, cerca de 2500 escudos. A cada cinco minutos uma morre de causas evitáveis e os nazarenos podem fazer a diferença ao patrocinar uma criança. O momento mais emotivo foi quando um filipino, que hoje é pastor, conheceu os seus patrocinadores. O abraço falou e tocou a todos.
Um amigo e um irmão muito especial


Obed Jáuregui, filho do meu pastor quando fui estudante em Cuba, Francisco, hoje pastor em Miami, guardou-me um lugar junto da sua linda família para o serviço da noite. Um amigo, um verdadeiro irmão, alguém muito especial para mim, está aqui com a sua bela família, Noemi e três lindas filhas.

Tempo maravilhoso de relembrar quase 30 anos de verdadeira irmandade, desde longas madrugadas de conversa entre dois jovens, a muitas cruzadas evangelísticas em Cuba, até hoje quando é um dos promotores do Master´s Plan uma estratégia de multiplcação que tem dado certo.

Depois de se “libertar” das suas quatro saias, encontramo-nos num restaurante para “fechar a noite”, na companhia do Rev. Cleyton Ferreira, a quem coube o azar de aguentar os meus roncos à noite. Momentos agradáveis em que o Cleyton ficou surpreendido com a fartura de umas fajitas mexicanas. Apesar da fama de crioulo comer muito, encontrou um prato maior que o apetite. Eu fquei pela sobremesa porque a noite ia longa. Na conversa, entendemos como em pouco mais de 10 anos uma igreja de menos de 200 pessoas passou a ter 1500 membros, através do Plano do Mestre.


O regresso ao hotel aconteceu por volta da meia noite e um excelente quarto me aguarda para umas boas horas de sono. No pé esquerdo tenho uma incómoda ampola de tanto caminhar. Amanhã o dia começa com um convite especial: pequeno-almoço com os “tios” Manuela e Jorge de Barros. Boa conversa garantida.

Boa noite, amanhã haverá mais!


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