A viagem
Com saída prevista para as 7:40 de hoje de
Providence e chegada a Indianápolis às 12:05, com escala em Baltimore, tive de
refazer toda a programação devido a um erro no computador da companhia
Southwest Airways, que cancelou 240 voos. Assim, sai às 9 horas da costa leste
em direcção ao sul, Orlando, de onde, com uma hora de atraso, voei para
Indianápolis, chegando pouco depois das 15 horas.
Apesar do contra-gosto, pude desfrutar do
saber trabalhar de uma comissária de bordo de quase sessenta anos que começou e
terminou a viagem a cantar para os passageiros. E ainda me deu um lanchinho
para levar porque soube da minha odisseia.
Homenagem
A 10 mil metros de altitude escrevo esta
parte do primeiro número do Diário de Indianápolis, que pretendo mantar até o
dia 27 para registar a minha presença num evento que entrego como homenagem aos
meus pais: em 40 anos de ministério nunca puderam assistir à reunião magna dos
nazarenos de todo mundo. Estou aqui em nome deles.
Um mundo
Se dez nazarenos juntos constituem uma
“confusão” imaginem 15 mil! Na verdade, é maravilhoso encontrar tanta gente que
professa a mesma fé, particularmente para quem é de umas pequenas ilhas no meio
do Atlântico.
A grandeza do imponente Indiana Convention
Center levou-me a pensar na obrigatoriedade de a Igreja do Nazareno extravasar
o seu pequeno universo de quase 2 milhões de membros e sobre isso o
Superintentende Geral Dr. Porter desaifou a todos na noite de ontem a
“conquistar” pelo menos cinco pessoas nos próximos sete anos. Então seremos 10
milhões de nazarenos em 2020.
Os crioulos
Ao chegar enncontrei a nossa delegação,
liderada pelo SD David Araújo, todos de tablet na mão, a participar nas
reuniões do grupo africano. Como sempre a alegria crioula tomou conta do
ambiente ao nosso redor. Se dois crioulos já são muitos, imaginem 16. Mais os
outros que chegaram de vários lados: desde um dos primeiros missionários que
foram a Cabo Verde, Dr. Mosteller, passando pela família Srader, sempre
apaixonada por Cabo Verde, Dr. Jorge de Barros e esposa D. Manuela, Rev.
António Leite, veterano da boa palavra e fino humor, até os nossos Daniel
Leite, Benedito e Ester Monteiro, Silas
Almeida, Elizeu e Carol Lima, Eileen, Daniel Tavares, Dulce Almeida, bem como D. Maria Teresa
e Rev. Fernando Sá Nogueira, do Brasil. Pelos corredores, dei aquele beijo às
coelgas de infância e adolescência Debbie Srader e Liliana Almeida.
Ainda não deu para ver tudo, mas me
impressiona a organização, para variar extraordinária e prática, dos
americanos. Aliás, sou suspeito por defender muito a organização, o trabalho e
o rigor dos americanos. Muita, muita gente, mas tudo funciona. Será que podemos
aprender com eles? Espero que sim.
Fazer discípulos e cuidar deles
O desafio de ontem foi fazer discípulos e
cuidar das crianças, com um grande desafio a patrocinar crianças ao redor do
mundo, com apenas 28 dólares por mês, cerca de 2500 escudos. A cada cinco
minutos uma morre de causas evitáveis e os nazarenos podem fazer a diferença ao
patrocinar uma criança. O momento mais emotivo foi quando um filipino, que hoje
é pastor, conheceu os seus patrocinadores. O abraço falou e tocou a todos.
Um amigo e um irmão muito especial
Obed Jáuregui, filho do meu pastor quando fui
estudante em Cuba, Francisco, hoje pastor em Miami, guardou-me um lugar junto
da sua linda família para o serviço da noite. Um amigo, um verdadeiro irmão,
alguém muito especial para mim, está aqui com a sua bela família, Noemi e três
lindas filhas.
Tempo maravilhoso de relembrar quase 30 anos
de verdadeira irmandade, desde longas madrugadas de conversa entre dois jovens,
a muitas cruzadas evangelísticas em Cuba, até hoje quando é um dos promotores
do Master´s Plan uma estratégia de multiplcação que tem dado certo.
Depois de se “libertar” das suas quatro
saias, encontramo-nos num restaurante para “fechar a noite”, na companhia do
Rev. Cleyton Ferreira, a quem coube o azar de aguentar os meus roncos à noite.
Momentos agradáveis em que o Cleyton ficou surpreendido com a fartura de umas
fajitas mexicanas. Apesar da fama de crioulo comer muito, encontrou um prato
maior que o apetite. Eu fquei pela sobremesa porque a noite ia longa. Na
conversa, entendemos como em pouco mais de 10 anos uma igreja de menos de 200
pessoas passou a ter 1500 membros, através do Plano do Mestre.
O regresso ao hotel aconteceu por volta da
meia noite e um excelente quarto me aguarda para umas boas horas de sono. No pé
esquerdo tenho uma incómoda ampola de tanto caminhar. Amanhã o dia começa com
um convite especial: pequeno-almoço com os “tios” Manuela e Jorge de Barros.
Boa conversa garantida.
Boa noite, amanhã haverá mais!
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