segunda-feira, novembro 20, 2006

Hoje chorei


Hoje, chorei por um amigo. Ainda choro, olhando a foto dele no meu computador, onde leio a notícia. Sinto como se fosse a morte de um membro da familia porque aprendi a amá-lo. Só hoje, dia 20, li a triste notícia do falecimento do meu amigo Zé, o Zé Baptista de "A Semana".

Trabalhei com ele vários anos e pude constatar que, quando se quer, qualquer pessoa pode dar a volta do destino que, um dia, alguém sentenciou como irreversível.

Zé ganhou a confiança de todos em "A Semana", e nas noites e madrugadas de trabalho ele alegrava o ambiente, às vezes tenso, com as suas piadas, muitas delas sobre as suas peripécias da vida. Fico contente por saber que, pelo menos, Zé morreu trabalhando, como merece um homem que, como ele, soube ultrapassar os erros da adolescência e entrar na idade adulta de cabeça erguida.

Falei com ele duas ou três vezes após a sua chegada aos Estados Unidos, mas perdi o contacto dele. Hoje a notícia me surpreendeu e, confesso, cinco minutos depois de a ler, o meu peito ainda dói. Porque dói perder um amigo.

Não sei se, assim como o Zé soube enfrentar a vida, ele preparou-se para enfrentar a eternidade. Espero que sim e que possa finalmente gozar a vida que tanto procurou aqui na terra, e que tão abruptamente lhe foi negada.

Por agora fica o exemplo: é possível, sempre, recomeçar de novo.

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