Sou do bem, totalmente contra a guerra e aterroriza-me a ideia dos seres humanos resolverem os seus problemas à porrada. Daí que qualquer sofrimento humano me toque de forma profunda, apesar da humanidade conviver com a guerra e o sofrimento desde os seus primórdios.
Por esta e outras razões, não posso ficar indiferente ao sofrimento dos habitantes da Faixa de Gaza, principalmente as crianças que são vítimas da maldade do coração do homem. O pior, penso eu quando vejo as imagens, é que milhões de crianças também vivem em situações de terror em outras partes do mundo, onde a tv não entra. E ninguém grita!
Considero que os israelitas exageraram na sua incursão ou, então, esperavam uma reacção mais forte do Hamas, um grupo terrorista que usa a luta do povo palesteniano para fazer negócios. Aliás, sempre foi assim, vidé os cartéis de droga e de outros negócios escuros que se esconderam em movimentos inicialmente progressistas na América Latina, Espanha, França e Itália.
O Estado de Israel tem de se defender e, quer se queira quer não, a bola está do lado palestiniano e de alguns líderes árabes, que não se atinam, primeiro, em reconhecer a existência do estado judaico, e, segundo, em assumir a criação do seu próprio país. Convenhamos que esse povo já teve tempo de sobra para assumir as suas responsabilidades, apesar dele mesmo ser vítima dos seus parceiros árabes.
Se é verdade que, como disse anteriormente, a resposta israelita terá sido extrapolada e urgia colocar um ponto final nisso há mais tempo, é mais verdade ainda que a mídia nunca mostra o terror em que vivem os israelitas, dos refúgios que diariamente recebem milhares de crianças, dos lugares que eles não podem desfrutar, dos mercados onde qualquer movimento é suspeito, etc. Será que já nos esquecemos dos atentados suicidas de há alguns anos?
Em Outubro de 2007 visitei Israel e pude sentir o medo que eles têm ao pensar que estão cercados de inimigos, cuja missão de sangue é eliminá-los. Embora seja um povo rude e de dificil relacionamento, está ávido de paz e, que se saiba, desde a sua fundação, como povo, só perdeu terras, nunca consquistou de outros. Ou será que, como dizem alguns blogueiros e comentaristas alfacinhas, alguém acredita que o território judeu foi dado??? Que se saiba Gaza e Cisjordânia, no passado, faziam parte do território israelita.
Chegados a este ponto, embora muito pessoalmente acredite que está-se longe de uma solução - quem quiser que consulte o que diz a Biblia sobre essa situação - é hora de os responsáveis das principais potências mundiuais chegarem a um acordo que, pelo menos, respeite a vida humana.
Um último recado: por favor não esperemos por Barack Obama, porque o problema extravasa a América. Para os menos atentos, o problema e a solução (?) estão nos povos judeu e árabe.
Sem comentários:
Enviar um comentário