Esta notícia só podia sê-la num país sério, onde a justiça, mesmo a humana, existe e as pessoas, todas, são tratadas com humanismo. Publico-a para que se continue a acreditar na justiça, mesmo que alguns a considerem injusta. Mas num país sério, o recurso também existe e tem resposta."O ex-Presidente israelita Moshe Katsav foi hoje condenado a sete anos de prisão efectiva, depois de ter sido reconhecido culpado de duas violações, um caso sem precedentes na história de Israel. Os advogados do antigo líder têm 45 dias para apresentar recurso.
Segundo os media israelitas, a sentença foi pronunciada por maioria de dois dos três juízes do tribunal do distrito de Telavive, que condenaram o ex-Presidente de Israel por duas violações de uma subordinada, crime que foi cometido na época em que foi ministro do Turismo, na década de 1990.
Além desta condenação, o ex-chefe de Estado israelita, de 65 anos, foi também condenado por dois actos de assédio sexual, crimes puníveis com dois anos de prisão e uma multa de 125 000 shekels (cerca de 25 000 euros).
"Eles enganam-se, é uma mentira", gritou Moshe Katsav a chorar quando foi lida a sentença, depois de ter afirmado desde sempre que era inocente. O ex-mandatário disse que era vítima de uma "caça às bruxas". As associações de defesa das mulheres, por sua vez, consideram o veredicto merecido.
Moshe Katsav, tido como um homem profundamente religioso, nega os crimes de violação nos anos 1990, assim como assegura não ter abusado sexualmente de outras duas mulheres entre os anos 2000 e 2007, quando já era Presidente de Israel."
in: Expresso, 22/3/11
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