Comecei a escrever na manhã deste domingo um post sobre a dor de uma mãe, Marlene Pereira, que num post de ontem se referia à dor de uma outra mãe que hoje foi enterrar a própria filha, uma adolescente vítima de câncer, quando de repente fui eu também atingido por uma forte dor: a notícia da partida da minha amiga do peito, Maria M´Ba Pereira. De repente, assim como a primeira notícia do dia, ao abrir o FB antes das sete da manhã. Na hora, apenas pude pedir a Deus que desse forças e consolasse a "sobrinha" Linita, que até hoje me chama de tio.
A amizade com Maria e Eugénio começou há exactamente 30 anos em Havana, quando éramos estudantes, e só foi aumentando durante os anos. Quantas horas juntos, quantas refeições compartilhadas, quantas festas no apartamento deles e no meu na Terra Branca e em muitos outros locais na Praia? Quantas brincadeiras, discussões, quantas confidências, uma linda e sã amizade com um casal que aprendi a amar e muito. Maria nunca superou a morte repentina do Eugénio, há 16 anos, e sobre isso falamos muito.
Ao ver a foto da Maria(que reproduzo) no post de um amigo comum, Luis Gonzáez, veio à minha mente a imagem de uma mulher amiga, sempre bem humorada, de coração puro, amiga dos amigos, amante da vida, que amou Cabo Verde, onde será enterrada.
Carlina Pereira, querida Linita, tens as minhas orações para que a graça de Deus seja abundante sobre ti e que, assim como superaste a morte do teu querido pai, superes a perda da tua amada mãe e te orgulhes deles e do legado que te deixaram.
Soube por amigos que nos últimos tempos a Maria aproximou-se muito mais de Deus, apesar de ter, desde sempre, um forte sensibilidade espiritual. Fico em paz por saber que terá partido em paz com Deus porque para além da morte há esperança.
Hasta siempre, Maria!
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