domingo, outubro 12, 2014

Miracle Done


Nos últimos anos, tenho vivido momentos marcantes. Enfrentei medos, vi gigantes, passei por desertos, voei sobre obstáculos, bebi em riachos frescos, vislumbrei o horizonte muito distante, pisei cobras, enfrentei o medo, tive sonos profundos, escalei grandes montanhas, cheguei ao outro lado.

Ao começar a contar os anos de forma diferente - como disse o meu irmão cubano Obed Jáuregui, 50+1 e assim por diante -, olhei para trás e recordei tantas histórias intensamente vividas desde que cheguei a este mundo. Muitas mesmo, que estão num livro que procuro terminar de escrever até o fim do ano.

Uma delas, escrevo aqui com todo o rigor jornalístico, aconteceu num momento em que os braços estavam a redobrar forças depois de mais uma dura batalha. Num momento em que acreditava que o pior podia ter passado. Foi quando recebi a notícia de que um exame indicava novas células cancerígenas. 

As seguintes 48 horas - que cito como críticas - foram mesmo críticas: assimilar a má notícia, compartilhar e receber o apoio da Valéria e recorrer a Deus, com muita fé. A receita passa por "matar" a parte humana, que acarreta tristeza, dor, desespero e dúvidas, e voar para os braços do Pai. E descansar.

Dessa vez, decidi, de entrada, não aceitar os resultados, enquanto o médico me pedia para repetir a análise, a fim de comprovar os primeiros resultados. De joelhos, apeguei-me à promessa que o próprio Jesus dera aos seus discípulos, narrada por João: "tudo o que pedirdes ao meu Pai, com fé e em meu nome, crendo o recebereis". Pedi a Sua intervenção para que um milagre acontecesse por crer no sobrenatural e saber que enfrentava uma luta contra "potestades" muito fortes que procuravam me atingir e à minha família.

Fui ao segundo exame e, de joelhos no hospital, abri o meu coração a Deus e voltei a colocar o meu pedido, mais a amostra solicitada. A fé, sem obras, é morta, ou seja, crendo no milagre, mas fazendo o que os médicos mandam.

Dias depois, num sábado bem cedo, na minha oração matinal, ainda meio ensonado, vi claramente um dístico com a seguinte inscrição, em relevo, numa madeira: "Miracle Done", ou seja milagre feito. Aceitei em gratidão e, desde esse momento, senti que o milagre estava feito.

Depois do resultado do segundo teste, o médico marcou um exame profundo (com anestesia geral e uma grande equipa no bloco operatório), ciente de que havia um tumor e me advertiu que podia ter de ficar no hospital para posteriores estudos. 

O exame foi mais rápido do que o anunciado e, ao acordar da anestesia, um médico assistente apenas me disse: "tudo está bem e o dr. disse para voltar dentro de algum tempo para o controlo normal". Limitei-me a sorrir e a agradecer a Deus, antes de uma enfermeira se aproximar para me dizer "está tudo bem, nada maligno, parabéns!"

Entretanto, o médico disse à Valéria o mesmo, com a cara do mais espantado do mundo. 

Foi ou não foi um milagre? Já a Bíblia nos diz que Deus faz as coisas simples para confundir as fortes e e as loucas para confundir as sábias. Entendo? Não, nem preciso!. Apenas creio!

Acredite, quem quiser, mas o milagre está feito. Experimente Deus!

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