domingo, janeiro 04, 2015

Agarremos as bençãos


A prática do Cristianismo estimula-nos a reunir-nos com outros como forma de comungar a mesma fé, aprender com a experiência deles e estudar a Bíblia. Entretanto, a teologia humana, particularmente nesta época pós-moderna, transformou esses momentos de comunhão e de estudo da Bíblia num cerimonial estressante e ritualístico, em alguns casos, ou num espectáculo de cantores e líderes que cada dia inventam uma "revelação", noutros casos. Alguns que tentam sair do esquema são mal entendidos e outros divagam por modas e modismos.

No tempo da Igreja Primitiva, os cristãos se reuniam para partilhar uma ligeira refeição (pão e vinho), ler a Palavra, orar e fortalecerem-se mutuamente. Bom seria que voltássemos a esses primórdios...

Entre muitas outras "revelações", por séculos, tem-se transmitido a ideia de que recebemos de Deus aquilo que merecemos e, portanto, as "bênçãos ou maldições são resultado do nosso investimento". Nada mais falso porque à luz do padrão divino, de pureza total, revelado no Livro Sagrado não merecemos literalmente nada graças ao nosso empenho pessoal por melhor que tentemos ser. Tudo o que recebemos ou temos é pela misericórdia e graça de Deus.

A nossa fé e as nossas obras dela decorrentes, sim, nos mantêm próximos ou distantes do propósito que  Deus tem para nós  e que é superior àquilo que sonhamos ou imaginamos. As bênçãos chegam sim, se nos predispusermos a recebê-las e a ter um relacionamento correcto com Deus. Mas pela misericórida e graça divinas.

Preparemo-nos para receber as bênçãos de Deus, mas saibamos agradecer a Deus pela sua graça e misericórdia.

Ele já determinou as nossas bênçãos, resta-nos agarrá-las ou deixá-las aí.

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